1. Há mais de 30 anos, uma misteriosa rádio opera na Rússia. Ela atende pelo nome UVB-76 e transmite ruídos, mensagens cifradas e sinais incompreensíveis. Sabe-se que está em atividade desde pelo menos 1982, quando foram detectadas suas primeiras transmissões. Seja o que ela for, sobreviveu à queda da União Soviética e perdura até hoje
2. A UVB-76 ocupa a frequência 4625 kHz. Seu sinal também é transmitido por sites na internet, como o uvb-76.net. A emissora, de ondas curtas, emite um zumbido incessante e bipes repetitivos que lembram código morse. Nada indica que o sinal seja pré-gravado – ou seja, existe alguém operando a emissora
3. De tempos em tempos, o ruído dá lugar a mensagens em russo. O texto narrado por um locutor aparentemente não tem nexo. No Natal de 1997, por exemplo, ele disparou: “UVB 76. 180 08 Bromal 74279914. Boris, Roman, Olga Mikhail, Anna, Larissa. 7 4 2 7 9 9 1 4”. Em 24 de janeiro de 2013, ouviu-se: “Obyavleniya komanda 135 (comando 135 iniciado)”
4. O governo russo nega envolvimento com o caso, mas, em 2010, descobriu-se que as transmissões eram feitas a partir de uma base do Exército russo, localizada nos arredores de Povarovo, povoado perto de Moscou. Com a revelação, a estação mudou de lugar. Usando triangulação, os fãs apontam pelo menos três localidades atuais como possíveis
Teoria 1 – Exército
A legião de fãs que acompanha a UBV-76 quebra a cabeça para explicá-la. Alguns juram que ela emite códigos secretos do Exército russo. Isso é corroborado por uma foto que circula na web com um quadro em uma base militar de comunicações fazendo referência à rádio
Teoria 2 – Espiões
Há também quem acredite que os ruídos são mensagens criptografadas dirigidas a espiões russos em outros países ou associados a experiências secretas do governo. Outros dizem que os bipes controlam um sistema de lançamento de mísseis
Teoria 3 – Ionosfera
A única informação “oficial” vem de um trabalho acadêmico do Borok Geophysical Observatory, instituto pertencente ao governo russo. Ele diz que o sinal é usado para medir “mudanças na ionosfera”, mas não dá detalhes sobre a pesquisa. Sabe-se que a frequência de 4.625 kHz sofreria fortes interferências num estudo desse tipo