ILUSTRA Eduardo Belga
1) Lopez nasceu em Santa Isabel, Colômbia. Segundo a mãe, foi uma criança pobre, sofrida, mas muito amada. Pedro, porém, dizia-se filho de uma prostituta e que a via “em ação” com clientes. Aos 8 anos fugiu de casa para morar na rua.
2) Foi parar em Bogotá e se juntou a garotos de rua para se proteger. Nessa época, foi molestado por um estranho que ofereceu comida e abrigo. Aos 12 anos, foi violentado de novo em um orfanato, de onde escapuliu para voltar às ruas e começar a roubar.
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3) O instinto assassino despertou quando Pedro foi preso por roubo de carro, aos 21. Na cadeia, foi violentado e “passou” seus dois agressores à faca. Os homicídios em autodefesa não aumentaram a pena de Lopez, que saiu do xadrez aos 23 para iniciar a carreira de serial killer.
4) Perambulou por Colômbia, Equador e Peru à caça de vítimas. Abordava meninas pobres, entre 8 e 12 anos, pedindo ajuda ou informações. Ao conseguir levar as garotinhas para um lugar isolado, as espancava e estuprava repetidas vezes antes de estrangulá-las.
5) Em 1980, fugiu do padrão: atacou uma menina de classe média em Ambato, Equador, e o caso virou notícia. Ao abordar outra garota numa feira, chamou a atenção de dona Carlina, que resolveu peitar o assassino. Com ajuda dos demais feirantes, Pedro foi entregue à polícia.
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6) Pedro Alonso foi bem detalhado na confissão aos policiais. Apontou os locais onde enterrou 57 vítimas e contou o que rolou em cada caso. Apesar de ter contabilizado mais de 300 crianças como vítimas, foi condenado pelo assassinato de “apenas” 110 meninas.
7) No Equador, a pena máxima para um ou vários assasinatos é de 16 anos. Ainda assim, Pedro passou apenas 14 anos atrás das grades, devido ao bom comportamento na prisão. Ao ser libertado, foi deportado para a Colômbia e passou mais três anos em um hospital psiquiátrico, até 1998.
Que fim levou?
Ao deixar o hospital psiquiátrico, visitou e roubou a própria mãe, em Espinal, antes de sumir pelo interior da Colômbia. Foi reencontrado em 2002, após cometer outro assassinato, e condenado a prisão perpétua.