1) Em 28 de junho de 1969, por volta de 1h20 da manhã, o oficial Seymour Pine da Divisão de Moral Pública, junto de outros guardas disfarçados, invadiu o bar gay Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich, Nova York. Prendeu diversos clientes, alegando “conduta imoral”, mas o objetivo real era coagir a comunidade LGBT. Batidas policiais em ambientes da comunidade eram frequentes, muitas vezes com demonstração de brutalidade e abuso de autoridade.
2) Desta vez, porém, as coisas não seguiram o roteiro habitual. Como o transporte dos presos demorou muito para ser efetuado, uma multidão de simpatizantes começou a crescer fora do local. Esse número só aumentou com o passar das horas, isolando a força policial dentro do bar. Estima-se que as autoridades ficaram mais de 45 minutos cercada, sem se mexer, com medo da represália.
3) Uma mulher algemada finalmente foi escoltada para fora, mas conseguiu se soltar e começou a incitar o público. Não deu outra: em poucos minutos de troca de insultos, o protesto contra a LGBTfobia policial se tornou violento, com confronto direto entre tiras e membros da comunidade LGBT. Foi necessária a chegada da Força de Polícia Tática de Nova York para ajudar os oficiais sitiados.
4) A multidão só foi totalmente dispersada às 4h. Porém, no dia seguinte, outras manifestações tomaram conta do local – e se espalharam por outros pontos da cidade. Os eventos que ocorreram no Stonewall Inn levaram às primeiras paradas de orgulho LGBT, como a marcha que aconteceu em 1970, do bairro Greenwich até o Central Park. A data foi considerada o marco zero pela luta por direitos civis das minorias LGBT e logo foi adotada em outros pontos do mundo. Junho também passou a ser considerado o Mês do Orgulho LGBT.