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Por que a reentrada de naves na atmosfera gera fogo?

O problema é a velocidade

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h03 - Publicado em 18 abr 2011, 18h53
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  • Por causa da velocidade estonteante atingida pelas naves. Os ônibus espaciais que voltavam para a Terra, por exemplo, podiam entrar na atmosfera a 25 mil km/h, cerca de 20 vezes a velocidade do som. A 100 mil metros de altura, essa descida desembestada não causa maiores problemas, pois a atmosfera é extremamente rarefeita e o atrito é mínimo. Mas o ar vai se tornando mais denso à medida que a altitude diminui. E é aí que mora o perigo. “A quantidade de calor é proporcional à densidade da atmosfera e à velocidade”, diz o engenheiro Ulisses Thadeu Guedes, do Inpe.

    A temperatura externa da nave pode chegar a impressionantes 8.000 ºC, uma marca que supera até mesmo a temperatura da superfície do Sol – que é, em média, 6.000 ºC. O mesmo problema não acontece na subida porque a velocidade das naves é três vezes menor (não chega a 8 mil km/h). Assim, no trajeto de ida rumo aos limites da atmosfera, o calor raramente ultrapassa os mil graus. Para resistir à fritura da descida, os veículos espaciais possuem um revestimento especial de cerâmica, com 10 centímetros de espessura. Ao absorver o calor, esse material vai se desfazendo aos poucos e precisa ser reposto a cada voo.

    Sob a cerâmica, a fuselagem possui placas de titânio que garantem uma proteção adicional. Mas a carapaça externa, sozinha, não garante o sucesso do voo. Os pilotos, ou os controladores das naves não-tripuladas, precisam ter um cuidado extremo ao programar a descida. Para reduzir a velocidade, é preciso dar uma verdadeira “barrigada”, ou seja, na hora da reentrada, a nave fica num ângulo quase horizontal em relação à atmosfera. “Isso ajuda a reduzir a velocidade antes de atingir as camadas mais densas da atmosfera”, diz Ulisses. A tragédia que matou todos os tripulantes do ônibus espacial Columbia, em 2003, é um triste exemplo da violência do procedimento de reentrada. Um pedaço se descolou, quebrou a asa, e provocou a explosão.

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