O formato vem do processo de cunhagem, usado na produção das primeiras moedas da humanidade, em 700 a.C. na Grécia. Uma pequena esfera metálica chamada eletro, feita de uma liga de ouro e prata, era colocada entre dois “cunhos” – peças de bronze ou aço, cada uma com uma face da moeda gravada em si. Os dois cunhos eram presos por uma pinça para não escaparem. Em seguida, um martelo golpeava o cunho de cima, gravando (cunhando) a moeda nos dois lados. Como o material era maleável, o impacto do martelo criava uma peça vagamente circular. No Egito, entre 246-221 a.C., o processo foi aprimorado: usando discos de metal levemente aquecidos, era preciso menos força de impacto para transferir a imagem dos cunhos para a moeda. De lá pra cá, a maior mudança aconteceu em 1788 durante a Revolução Industrial inglesa, quando o empresário Matthew Boulton criou uma prensa movida a vapor para “martelar” moedas em massa. Esse método prático e preciso ajudou a padronizar o formato do dinheiro que usamos hoje.
TdF Sugeriu – Caroline Walkinir
FONTES Livros Numismatics, de Philip Grierson, Matthew Boulton: Enterprising Industrialist of the Enlightenment, de Sally Baggott, Collecting Greek Coins, de John Anthony; site Forvm Ancient Coins