Para que a gente continue a aprender coisas novas. Esquecer é fisiológico. “Não seria saudável guardar todos os detalhes de todas as nossas experiências”, diz o geriatra Weyler Galvão Pôrto, da Unifesp. O cérebro faz uma seleção do que devemos ou não guardar. Assim, impressões que não têm nenhuma importância deixam de ser armazenadas para dar lugar a outras mais relevantes. O problema é quando esquecemos o que gostaríamos de lembrar. Quanto mais concentrada e emocionalmente envolvida a pessoa estiver na hora de receber uma informação nova, maior é a chance de ela resgatá-la depois. Por isso, a falta de atenção tem estreita relação com a falta de memória. Quando a pessoa está dispersa, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo e com preocupações demais, pode simplesmente desligar ao ter contato com um dado novo, deixando de armazená-lo. Há também os famosos brancos.
“A pessoa sabe que tem a informação, mas por estar cansada, emocionalmente desgastada ou sobrecarregada não se lembra”, diz a fonoaudióloga Ana Maria Alvarez, autora de um livro sobre o tema chamado Deu Branco. Alimentação ruim, atividade física inadequada, falta de sono, uso de álcool ou drogas e algumas doenças neurológicas degenerativas, como o Alzheimer, também podem afetar a capacidade de memorização.
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