PERGUNTA Raphael José Divino do Araújo, Iturama, MG
Para pegar “carona” nas ondas geradas pelos barcos ou para despistar turistas do resto do grupo. Em alto-mar, os golfinhos aproveitam o embalo de grandes embarcações para economizar energia durante a viagem. Segundo o oceanógrafo José Martins da Silva Júnior, do Centro Mamíferos Aquáticos do ICMBio, em Fernando de Noronha, esses animais também seguem barcos de turismo para proteger o resto do grupo, despistando os curiosos. “Eles aprenderam a rotina dos seres humanos, o que é comum com animais selvagens que têm contato com o homem. A hipótese mais aceita nesse caso é a de que os machos venham até o barco e sigam em direção oposta ao resto do bando, com fêmeas e filhotes”, explica. De acordo com Silva, as espécies mais comuns a serem vistas acompanhando barcos no Brasil são justamente as mais afetadas pelo turismo náutico, o golfinho-rotador e o boto-cinza. Orcas, toninhas e botos-tucuxi também são golfinhos. O boto-rosa, apesar de ter características parecidas, é um parente bem distante.
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