Por que o nome de alguns santos começa com “São”?
Por que Santo Antônio e São João recebem "epítetos" diferentes?
![Estátua de São Pedro segurando a chave dos portões do céu, por Giuseppe De Fabris (1840), Praça de São Pedro, Cidade do Vaticano, Roma.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/06/0612_santo_layout_site.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&h=682&crop=1)
Por uma questão de sonoridade na pronúncia. Os portugueses foram os responsáveis por criar essa abreviação de “santo”, e a invenção acabou sendo exportada para cá quando o catolicismo chegou em nossas terras, no século 16, trazido pelos jesuítas.
“O português de Portugal tem a tendência de pronunciar as palavras juntas, o que depois acaba se refletindo na grafia”, explica o padre Valeriano dos Santos Costa, diretor de Faculdade de Teologia da PUC-SP.
O uso segue uma regra: nomes que começam com consoante recebem “são” (são Paulo, são Pedro) e nomes iniciados com vogal ficam com “santo” (santo Agostinho, santo Antônio). A contração é oficial e reconhecida pela Igreja Católica. Gramaticalmente falando, a regra evita a cacofonia – ou você acha que ficaria bonito sair por aí falando “santo João” ou “são André”?RelacionadasHistóriaA história de 6 santos modernosHistóriaOs primeiros santos da história
Fontes Jung Mo Sung, teólogo e doutor em ciências da religião, e Matthias Grenzer, coordenador do mestrado em Teologia da PUC-SP