Essa identificação indica os tamanhos de cada uma delas. “De início, as letras eram uma notação usada apenas entre os especialistas para dar uma idéia do comprimento, do diâmetro e do formato da pilha”, afirma o químico José Maurício Rosalen, da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (SP). Com o tempo, o procedimento acabou sendo aceito pelo American National Standards Institute (ANSI), a instituição que cuida de normas técnicas nos Estados Unidos, e se tornou popular para classificar as pilhas que usamos em casa. A primeira a surgir foi a bateria usada em lanternas pequenas. “Ela foi chamada arbitrariamente de C. Depois, quando surgiu uma pilha para lanternas maiores, ela foi batizada com a letra seguinte no alfabeto, o D”, diz outro químico, Henrique Eisi Toma, também da USP.
Com a diminuição do tamanho dos aparelhos, as pilhas menores foram batizadas de A. Ficou definido que ela mediria 17 milímetros de diâmetro e 50 de comprimento. “Depois, a cada redução de tamanho, ocorreu uma repetição da letra. O modelo AA, a pilha pequena utilizada em radinhos e walkmans, tem 14,2 por 50 milímetros. Já a pilha palito, a AAA dos controles remotos, mede 10,5 por 44,5 milímetros”, afirma Henrique. Você pode estar se perguntando: existe alguma pilha B? Não! Como os fabricantes não seguiram à risca a seqüência do alfabeto na denominação das baterias, essa letra foi deixada de lado nesse batismo elétrico.