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Quais as consequências do desastre de Mariana (MG)?

Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão se rompeu e liberou 62 milhões de m³ de lama. A fauna, flora e economia da região ainda está se recuperando

Por Diego Meneghetti
Atualizado em 22 fev 2024, 10h09 - Publicado em 1 nov 2017, 17h18
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    PERGUNTA João Eduardo Schor, Porto Alegre, RS

    O impacto ecológico, social e econômico é tão grande que ainda há dificuldades para medi-lo. Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, em Mariana (MG), se rompeu e liberou 62 milhões de m³ de lama e rejeitos que recebia da Mina de Germano, pertencente à empresa Samarco (que, por sua vez, é controlada pela Vale e pela companhia australiana BHP Billiton).

    O lamaçal se espalhou rapidamente pela região, matou pessoas, desalojou famílias, contaminou a bacia hidrográfica do Rio Doce e, 17 dias depois, chegou ao mar. Foi o maior desastre desse tipo em toda a história do planeta.

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    A Samarco sabia que a barragem estava acima da capacidade, tinha falhas na estrutura e problemas de drenagem. O excesso e o tipo de rejeitos podem ter ajudado a liquefazer a estrutura (mas as causas exatas do desastre ainda estão sendo apuradas). Para piorar, em 2009, a mineradora não utilizou um plano de contingência mais amplo, proposto por uma consultoria de segurança terceirizada.

    A investigação da Polícia Federal apontou que, entre 2012 e 2015, a Samarco reduziu em torno de 30% seu orçamento na área responsável pelo controle de barragens. Além disso, ainda segundo a PF, o complexo de Germano estava recebendo, indevidamente, rejeitos de outras minerações da Vale, em volume bem acima do divulgado pelas empresas.

     

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    As punições*

    * última atualização: novembro/2017

     

    FONTES Greenpeace, Ibama, Agência Brasil, Samarco Mineração e Fundação Renova; jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e Estado de Minas; revista EXAME; sites G1, Governo Federal e Grupo Independente de Avaliação do Impacto Ambiental

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    CONSULTORIA Lussandra M. Gianasi, professora de geografia da UFMG

    COLABORAÇÃO Guilherme Mota

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