Seguindo a paisagem
As fêmeas do caranguejo-aranha (Thomisus onustus) mudam de cor ao longo do dia, dependendo da flor em que se alojam. Apesar disso, nem as presas do bicho nem seus predadores deixam de notar sua presença. Os estudiosos teorizam que essa camuflagem possa ser útil para a reprodução ou que tenha sido eficaz contra predadores em tempos remotos.
Vestido para matar
Embora tenham pele escura, os ursos-polares (Ursus maritimus) são cobertos de pelos branquinhos como a neve, e não por acaso. Como são caçadores lerdos, eles só conseguem comida porque as vítimas não percebem sua presença em meio à paisagem branca. Em geral, os ursos devoram focas que emergem do gelo para respirar entre um mergulho e outro.
De boa na lagoa
Os sapos-do-suriname (Pipa pipa), que vivem na América do Sul setentrional, têm uma vida quase exclusivamente aquática. Por isso, a aparência de folha e o corpo achatado ajudam bastante na hora de passar despercebido por lagoas e pântanos e enganar as presas. Como não possuem língua, eles usam seus longos dedos para pegar e devorar comida.
Cochilando sem galho
Olhando bem, dá para ver na casca da árvore o bico, as garras e as orelhas da coruja-africana (Otus senegalensis). Ela não precisa de sua camuflagem quando caça insetos e aranhas à noite, mas, para ter um repouso tranquilo durante o dia, livre de pássaros predadores, a espertinha dorme pressionando o corpo contra troncos de árvores, tornando-se quase invisível.
Sentiu na pele
A camuflagem do lagarto-de-madagascar (Uroplatus sikorae) é bastante especial. Ele muda a cor e a textura da pele de acordo com a aparência da árvore em que descansa. Medindo entre 15 e 20 cm, o espertinho é facilmente confundido com uma camada de musgo sobre a vegetação. Ele só deixa o disfarce à noite, para caçar.
De brisa
Herbívoro e inofensivo, o bicho-pau (da família Phasmatidae) tem essa aparência esquisitona para escapar dos pássaros, seus predadores naturais. Além disso, o espertinho encosta a cabeça em troncos de árvores para parecer parte da madeira e se movimenta bem lentamente, balançando para os lados, como os gravetos ao sabor do vento.
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FONTES Revistas Wired e Nature, sites Estadão, eHow, Daily Mail, National Geographic, How Stuf Works e BBC Nature Wildlife, e canal NatGeo
FOTOS Getty Images