Desde o termo japonês para o medo de que o pinto esteja encolhendo, o que não falta é palavra com significado maluco no mundo! Confira a lista dos vocábulos mais diferentões do planeta.
Dois em um
Já pensou numa só palavra para dizer “nada” e “tudo”? Pois em zarma, dialeto nigeriano, o vocábulo hay kulu significa “nada”, “tudo” e “qualquer coisa”! Veja outros casos bizarros em que coisas opostas são expressas por um único termo
• Irpadake (em télugo, dialeto indiano) maduro e verde
• Sitoshna (em télugo) frio e quente
• Merripen (em romani, língua cigana) vida e morte
• Danht (em vietnamita) igreja e bordel
• Magazinschik (em russo) lojista e ladrão de lojas
Palavrório-cruzado
Puccekuli
“Dente que nasce após os 80 anos”, em télugo, dialeto indiano
Neko-neko
Em indonésio, alguém que tem uma ideia criativa que só piora tudo
Backpfeifengesicht
Em alemão, um cara que merece um soco
Paski
Em télugo, dialeto indiano, castigar uma criança obrigando-a a se sentar e depois se levantar segurando as orelhas com os braços cruzados
Umjayanipxitütuwa
“Eles é que me fizeram beber”, desculpinha fajuta usada em aimara, idioma falado na Bolívia e no Peru
Mamihlapinatapei
Em fueguino, dialeto chileno, o olhar de desejo mútuo em que ambas as partes sabem o que querem, mas não dão o primeiro passo
Linti
Em persa, um vida-mansa que passa o dia todo embaixo de uma árvore, sem fazer nada
Tingo
No idioma rapanui, da ilha de Páscoa, pedir emprestado as coisas de um amigo até o coitado ficar sem nada
Egkoniomai
Em grego antigo, jogar areia sobre si mesmo
‘Akapu’aki’aki
“Arrotar sem parar”, em maori, idioma falado na polinésia
Kontal-kontil
Em malaio, o balanço dos brincos ou o sacudir do vestido de uma mulher quando ela anda
Iktsuarpok
Em inuíte, idioma dos esquimós, o ato de ir muitas vezes à porta para ver se um convidado chegou
Olfrygt
Em dinamarquês arcaico, da época dos vikings, o medo de faltar cerveja
Nedovtipa
“Alguém que não entende uma indireta”, em checo
Koro
Em japonês, o medo histérico de que o próprio pênis esteja encolhendo para dentro do corpo – oucht!
Vomitarium
Em latim, a sala onde um convidado vomita para esvaziar o estômago e voltar a encher a pança
Daraba
“A parte líquida do excremento da galinha”, em ulwa, dialeto nicaraguense
Nakhur
Em persa, uma camela que não dá leite enquanto não fazem cócegas em suas narinas
Fonte:
Tingo: O irresistível almanaque das palavras que a gente não tem, de Adam Jacot de Boinod (Conrad)
Cadê a legenda?
Confira a lista das dez palavras mais difíceis de traduzir
“Saudades, só portugueses conseguem senti-las bem. Porque têm essa palavra para dizer que as têm.” O poeta Fernando Pessoa sabia do que falava ao escrever esses versos. É que “saudade” só rola com quem tem o português como língua materna. Os gringos têm que se virar com aproximações como miss (“sentir falta”, em inglês) e regret (“pesar”, em francês) na hora de descrever o sentimento. Não à toa, em 2004, o vocábulo foi eleito o sétimo mais difícil de traduzir, numa pesquisa com mil tradutores de todo o mundo. Veja as outras palavrinhas mais intraduzíveis do planeta:
• Ilunga (em tshiluba, dialeto do Congo) alguém capaz de perdoar uma ofensa pela primeira vez, de tolerá-la uma segunda vez, mas nunca uma terceira
• Shlimazl (em iídiche) aquele que tem má sorte crônica
• Radioukacz (em polonês) pessoa que trabalhou como telégrafo para os movimentos de resistência no lado soviético da cortina de ferro
• Naa (em japonês) termo usado para enfatizar afirmações ou para concordar com alguém
• Altahmam (em árabe) designa um tipo de tristeza profunda
• Gezellig (em holandês) algo entre acolhedor, íntimo e agradável
• Saudade
• Selathirupavar (em tâmil, idioma do Sri Lanka) substantivo para designar o ato de cabular muitas aulas
• Pochemuchka (em russo) pessoa que faz muitas perguntas
• Klloshar (em albanês) tipo de perdedor