Duas espécies de pássaro dividem o troféu de ave mais duradoura do planeta: o albatroz-real (Diomedea epomophora) e o albatroz-viajeiro ou errante (Diomedea exulans), que sobrevivem por mais de 40 anos livres na natureza. A principal explicação para tanta longevidade é que essas duas espécies habitam ilhas isoladas dos mares do Sul, próximas à Antártida, sem sofrer grande perseguição de predadores. Justamente por isso, eles estão entre os poucos pássaros que morrem de velhice – a grande maioria acaba virando almoço para bichos maiores e famintos. Outro motivo para a vida longa está no fato de que os albatrozes levam muito tempo para atingir a idade reprodutiva. Depois que ganham a plumagem que lhes permite voar, aos 10 meses de idade, eles ainda demoram de cinco a dez anos para acasalar. Por isso, precisam viver o suficiente para que sejam substituídos quando morrerem. Além de longevos, tanto o albatroz-real como o errante também estão entre as maiores espécies de ave existentes: a envergadura de suas asas chega a impressionantes 3,40 metros. Mesmo assim, esses velhinhos alados não chegam nem perto da longevidade de outros vertebrados, como a tartaruga-gigante ou ainda o próprio homem, que conseguem viver por mais de 100 anos.
Devagar e sempre
Entre os bichos mais longevos, nenhum vertebrado é páreo para a tartaruga-gigante
Os velhinhos da natureza
Espécie Quanto vive
Tartaruga-gigante150 anos
HomemMais de 100 anos
Crocodilo-do-niloMais de 100 anos
Elefante80 anos
Jabuti-da-amazônia80 anos