Padre, bispo e capelão são apenas alguns dos vários postos em que se divide a hierarquia da Igreja Católica, que tem como líder supremo o papa. Essa série de cargos eclesiásticos inclui ainda o diácono, o vigário, o arcebispo e o cardeal, numa estrutura hierárquica de dar inveja aos militares. A cadeia de comando da Igreja Católica é baseada na divisão territorial, que tem como principal unidade a paróquia. Não existe um número certo de habitantes para se formar uma paróquia, mas, em geral, ela abrange um grupo mínimo de 10 mil a 15 mil pessoas, o que pode representar um bairro, numa grande metrópole, ou uma cidade pequena. Normalmente cada paróquia tem uma igreja matriz e, dependendo de sua extensão, várias capelas. As paróquias são depois agrupadas em unidades territoriais maiores, como dioceses e arquidioceses. Conforme o religioso vai subindo na hierarquia, maior é a área sob seu controle.
Para regulamentar as relações entre os vários níveis de poder existe a Lei Canônica, um código de direito especial para os religiosos. No dia-a-dia da administração, cada igreja deve gerar receita para cobrir os custos do seu próprio funcionamento. Cerca de um terço das despesas é coberto pelo dízimo, tributo que os fiéis pagam à igreja como obrigação religiosa. O restante vem das coletas feitas nas missas e das taxas cobradas na realização de cerimônias como casamentos. Cada igreja ainda precisa dar 10% do dinheiro que consegue para a arquidiocese à qual pertence. E se não houver arrecadação suficiente? Nesse caso há uma intervenção da arquidiocese, que pode até mudar o padre para melhorar a administração.
O sumo pontífice é a autoridade máxima da Igreja Católica e vive no Vaticano, um estado independente encravado no meio da cidade de Roma, na Itália. O papa é visto como um representante de Deus na Terra e nomeia cardeais e bispos
Cardeal
É um título honorífico. Um bispo só se torna cardeal quando é nomeado diretamente pelo papa. Os cardeais formam o colégio eleitoral que, numa reunião fechada em Roma, sugere e escolhe o nome do sumo pontífice
Bispo
É a partir desse nível hierárquico que o religioso recebe o título de “Dom” para ser usado antes de seu nome. O bispo também é o responsável pelo comando de uma das dioceses que formam uma arquidiocese
Diácono
É um religioso que está no último dos sete anos de estudos (em média) que levam à carreira clerical. O diácono já pode realizar algumas celebrações religiosas, como batismos e casamentos
Seminarista
É o estudante que freqüenta o seminário, a instituição educacional onde se formam os futuros padres. Mas, antes mesmo de ser ordenado diácono ou padre, um seminarista já pode auxiliar um pároco na parte administrativa da igreja
Coroinha
É um menino, normalmente aluno do catecismo, que se oferece para auxiliar na preparação da missa. Antes de participar desse tipo de cerimônia, o coroinha recebe orientação sobre como funciona todo o ritual
Arcebispo
É o superior direto dos bispos e comanda uma arquidiocese, ou seja, um grupo de dioceses, que por sua vez são formadas por várias paróquias. No Brasil, cada capital do país tem uma arquidiocese dirigida por um arcebispo
Pároco
Popularmente chamado de padre, é o responsável por uma paróquia. Ele realiza os serviços religiosos (como rezar missa) da sua igreja matriz, mas também administra as outras capelas que estão na área da sua paróquia. O vigário é uma espécie de vice do pároco, que pode substituir o padre titular na ausência deste
Capelão
Uma capela é uma igreja pequena, que pode fazer parte de uma paróquia ou estar dentro de uma propriedade particular, como uma fazenda, ou de uma área pública, como um hospital ou quartel. O capelão é o responsável pelo serviço religioso de uma capela
Auxiliares
Membros da comunidade também podem contribuir no dia-a-dia de uma igreja. Os chamados leigos auxiliam nos serviços religiosos; o ministro (ou ministra) da eucaristia faz um curso e recebe orientação para ajudar na distribuição de hóstias; já o sacristão é um funcionário remunerado, que cuida da limpeza do altar e de outras tarefas
Frade, monge & Cia. A forma de tratamento do religioso depende também da ordem à qual ele pertence
Nem todos que abraçam a vida religiosa católica se ordenam padre. Muitos optam por fazer parte de ordens e congregações, ou seja, comunidades religiosas que têm regras e obrigações específicas – como o voto de pobreza praticado pelos franciscanos. Os integrantes desses grupos que vivem isolados em mosteiros costumam ser chamados de monges – que têm como superior hierárquico o abade. Já os termos frei e frade (que significam irmão) e freira (irmã) são normalmente adotados como forma de tratamento em ordens ou congregações que não mantêm os religiosos tão isolados.
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