Quem bate o martelo sobre os novos homenageados é o comitê da calçada da fama, composto por representantes do cinema, teatro, TV, rádio e da indústria fonográfica americana. Funciona assim: o comitê se reúne uma vez por ano – geralmente em junho – e escolhe, entre 200 a 300 sugestões, cerca de 20 personalidades que recebem suas estrelas no chão de Hollywood todo ano. Aliás, é bom esclarecer que a calçada da fama é composta só de estrelinhas no chão. Muita gente confunde a calçada com aquela área na frente do Teatro Chinês, também em Los Angeles, onde os astros deixam a marca de suas mãos, pés e autógrafos. Mas são coisas diferentes: a tradição de autografar o cimento na frente do tal teatro existe desde a década de 20, enquanto a calçada da fama só foi criada em 1958. No projeto original, ela contava com 2 500 estrelas em branco, mas como em 1994 a constelação já estava quase repleta (2 mil estrelas já haviam sido preenchidas), a calçada foi estendida por mais alguns quarteirões. O mais legal é que qualquer pessoa pode indicar uma personalidade para a calçada: basta entrar no endereço https://www.hollywoodchamber.com, pre-encher um formulário e mandar sua sugestão. Se a sua celebridade for escolhida, ela precisa desembolsar nada menos que 15 mil dólares para ser imortalizada na calçada (muitas vezes, essa grana é cedida por algum patrocinador). Pode ser indicada qualquer pessoa que tenha trabalhado no mínimo cinco anos na indústria do entretenimento, inclusive astros já falecidos. Para este ano, os astros Antonio Banderas, Dennis Quaid e Ben Stiller devem inaugurar seu espaço no badalado pedaço de chão hollywoodiano.
Chão de estrelas
Mais de 2 mil astros deixaram sua marca no pavimento mais pop do mundo
NOS PASSOS DA CALÇADA
Onde fica: em Hollywood, bairro de Los Angeles, na Califórnia. O endereço oficial é a avenida Hollywood Boulevard
Tamanho da calçada: 10 quarteirões (aproximadamente 3 quilômetros de extensão)
Total de estrelas: 2 130
De que são feitas as estrelas: bronze e terrazo, uma espécie de mármore falso
ESTRELA PIONEIRA
A atriz Joanne Woodward, mulher do ator Paul Newman, foi a primeira personalidade contemplada com uma estrela na calçada da fama, inaugurando o espaço em 9 de fevereiro de 1960. A atriz estava no auge da carreira e tinha acabado de ganhar um Oscar pelo filme As Três Máscaras de Eva, de 1957
ASTRO ANIMAL
A corajosa cadelinha Lassie que na vida real era um cachorrão macho apareceu pela primeira vez na telona em 1943, no filme A Força do Coração. Depois disso, estrelou dezenas de outras produções e séries de TV. Não deu outra: ela e o bravo pastor alemão Rin Tin Tin, outro astro das telas, foram homenageados pela dedicação canina ao cinema
BRASIL-IL-IL!
Tudo bem, a Carmen Miranda nasceu em Portugal, mas, cá para nós, a pequena notável é muito mais brasileira que lusitana! Criada no Rio de Janeiro, a espalhafatosa cantora e atriz fez um tremendo sucesso no cinema americano nas décadas de 40 e 50, sempre com sua indefectível cesta de frutas na cabeça. Na calçada da fama, ganhou uma estrela póstuma em 1955
QUE É QUE HÁ, VELHINHO?
Pernalonga, o coelho mais insano das animações do cinema e da TV, foi homenageado com uma estrela em 1985. Para completar o panteão dos personagens de desenho, a calçada abriu espaço para o Pato Donald, Mickey Mouse e Pica-Pau. Mas ainda falta o Patolino, o companheiro histérico do coelho maluco…
MONSTRO CINQüENTÃO
Na superprodução Godzilla, de 1998, o lagarto radioativo japonês criado por Eiji Tsuburaya esbanjava vitalidade para arrasar Nova York. Pode não parecer, mas o monstro comemorou 50 anos em 2004 sua pioneira produção é de 1954. Em homenagem a seu aniversário e ao lançamento de seu 28º filme, o réptil faturou uma estrela em Hollywood
CONSTELAÇÃO PARTICULAR
O polivalente galã americano Gene Autry é a celebridade com o maior número de estrelas na calçada da fama. Atuando, produzindo e compondo trilhas sonoras para dezenas de filmes a maioria nos anos 30 e 40 , esse caubói texano foi homenageado em cinco ocasiões por seu trabalho no cinema, teatro, TV, rádio e indústria fonográfica