Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: Assine a partir de 9,90

Álcool mata 2,8 milhões de pessoas por ano no mundo

Novo relatório chega a afirmar que não há nível seguro para o consumo de álcool. Entenda

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 4 set 2018, 16h48 - Publicado em 4 set 2018, 16h27

O mais recente relatório publicado no periódico médico The Lancet estima que, todos os anos, 2,8 milhões de pessoas morrem no mundo por causas diretas ligadas ao álcool. O estudo avaliou os níveis de consumo e os efeitos da droga na saúde. Os resultados mostraram que o uso do álcool foi classificado como uma das principais causas de morte prematura e incapacidade em todo o mundo. Uma em cada dez mortes de pessoas entre 15 e 49 anos está ligada à bebida. No Brasil, segundo a pesquisa, 100 mil pessoas são vítimas por ano.

Os autores concluíram que não há nível seguro de consumo do álcool. Segundo eles, um possível benefício que o consumo moderado de álcool pudesse causar (para o sistema cardiovascular, por exemplo) não valeria a pena, já que as consequências negativas em outros aspectos da saúde seriam bem mais significativas – como o desenvolvimento de cânceres.

“Há uma forte associação entre o consumo de álcool e os riscos de câncer, ferimentos e doenças infecciosas que compensa os efeitos protetores contra doenças do coração nas mulheres. E embora os riscos à saúde do álcool comecem pequenos com uma dose por dia, eles crescem rapidamente à medida que as pessoas bebem mais”, diz Max Griswold, líder do relatório.

Segundo os cientistas, um ano de consumo diário de apenas uma dose de álcool (o equivalente a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado) já aumenta o risco de desenvolvimento de um dos 23 problemas relacionados ao seu consumo em 0,5%. Se o consumo chegar a duas doses por dia, o risco sobe 7%. Cinco doses diárias? Mais 37% na conta. Essas estimativas levam em conta pessoas de 15 a 95 anos, e os problemas citados vão desde de câncer a infecções respiratórias, diabetes e cirrose.

Falando em cirrose, ela tem crescido exponencialmente. Só nos EUA, cientista da Universidade de Michigan atestaram um aumento de 10,5% das mortes em jovens adultos relacionadas à doença. E esse padrão se espalha pelo mundo.

Continua após a publicidade

Apesar disso tudo, é sempre bom lembrar que o álcool tem uma associação complexa com a saúde, afetando-o de várias maneiras. Assim como você tem aquele tio que toma uma caixa inteira de cerveja e está de boa, você tem aquele amigo que não aguenta um litrão. Cada organismo reage e suporta os efeitos do álcool de forma única, mas a pesquisa é essencial para fornecer informações sobre o nível padrão mundial desses efeitos.

Via de regra, o consumo regular de bebidas alcoólicas tem consequências ruins nos órgãos e tecidos, e uma intoxicação aguda pode levar a lesões permanentes. A dependência do álcool já é um problema de saúde pública em muitos países. Além disso, alguns estudos anteriores chegaram a sugerir que os baixos níveis de consumo de álcool podem até ter um efeito protetor contra doenças cardíacas e diabetes.

Outros dados relevantes

  • Das 2,4 bilhões de pessoas que consomem álcool no mundo, 1,5 bilhão são homens e 900 milhões são mulheres
  • Em média, elas tomavam 0,73 dose por dia, e eles consumiam 1,7 dose
  • No Brasil, 42% das mulheres bebem, contra 71% dos homens
  • Dinamarca é o país com mais pessoas que bebem no mundo (95,3% das mulheres e 97,1% dos homens)
  • Paquistão é o país com o menor número de homens que bebem (0,8%)
  • Bangladesh é o país com menor número de mulheres consumindo (0,3%)

O estudo levou em conta informações de 195 países da série Fardo Global das Doenças, do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, EUA. No total, foram 694 papers usados para estimar o consumo de álcool comum em todo o mundo e 592 para estudar os riscos para a saúde associados à bebida, entre 1990 e 2016. No fim, a pesquisa usou informações de mais de 28 milhões de pessoas de todo o mundo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 5,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 63% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$5,99/mês.