Já faz algum tempo que a banana é um dos alimentos preferidos dos atletas. É verdade que a fruta contém uma boa quantidade de carboidratos, que ajudam a recuperar as reservas energéticas após o exercício. Também é rica em potássio, o que auxilia o bom desempenho muscular. Mas está equivocado quem acha que, ao comer uma banana depois do exercício, está repondo o potássio eliminado durante o treino. “O corpo não funciona dessa maneira”, diz o nutricionista César Grosso. “O efeito da reposição de potássio não acontece na hora. O processo leva cerca de 3 ou 4 horas”, diz. Isso levando em conta que você coma a quantidade de bananas necessárias. Dá para estimar que, durante um treino intenso, você sue cerca de 2 litros de líquidos por hora. Junto com a água, ocorrem perdas de potássio – cerca de 230 miligramas por litro de suor, ou, nesse caso, quase 500 miligramas. Para repor tudo isso, seria necessário comer 4 bananas-maçã ou nanica. Mas adicionar à sua dieta 4 bananas, 3 vezes por semana, vai pesar um bocado no total de calorias. Além disso, o consumo exagerado da fruta pode causar desconforto, soltando ou prendendo o seu intestino.
Muito além da academia
Mesmo que você não faça nenhuma atividade física, existem várias razões para incluir a fruta no cardápio. Rica em fibras insolúveis, ela ajuda a manter a glicemia estável, driblando a fome e a produção excessiva de insulina. Portanto, consumida de forma moderada (dado seu valor calórico), auxilia nas dietas de emagrecimento. Também contém vitamina B6, que atua no alívio dos sintomas da tensão pré-menstrual (TPM) e vitamina C, um reforço ao sistema imunológico. Em sua composição está ainda o triptofano, um aminoácido que favorece a liberação de serotonina, o hormônio do bem-estar.