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Casais têm mais chances de compartilhar transtornos psiquiátricos, diz estudo

Pesquisa com mais de 14 milhões de pessoas em três países revela padrão entre cônjuges de diferentes idades e culturas.

Por Manuela Mourão
7 set 2025, 19h00

Almas gêmeas, na saúde e na doença? Um novo estudo internacional de grande escala descobriu que pessoas com transtorno psiquiátrico têm maior probabilidade de se casar com alguém que tem a mesma condição. De acordo com a pesquisa, esse padrão persiste em diferentes culturas e gerações. 

Não é a primeira vez que essa característica é observada. O primeiro indício da existência do padrão veio de dados dos países nórdicos; agora, cientistas começaram a analisar a questão também na Ásia.

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Pesquisadores coletaram informações de mais de 14,8 milhões de pessoas que vivem em Taiwan, na Dinamarca e na Suécia e descobriram que, quando uma pessoa em um casamento é diagnosticada com um transtorno psiquiátrico, o parceiro tem probabilidade significativamente maior de ter o mesmo diagnóstico. Além disso, mesmo que o cônjuge não compartilhe a exata mesma condição, é mais provável que ele ou ela apresente algum outro quadro médico de uma lista de nove diagnósticos, que inclui depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e uso de substâncias.

A pesquisa, publicada na revista Nature Human Behaviour, indica que esse padrão se mantém independentemente da cultura, do período histórico ou das mudanças no sistema de saúde mental ao longo das últimas cinco décadas. “O principal resultado é que o fenômeno se repete em diferentes países, culturas e gerações”, disse Chun Chieh Fan, coautor do estudo e pesquisador do Laureate Institute for Brain Research, em Tulsa, Oklahoma, para a Nature.

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Isso não significa que os transtornos sejam “contagiosos”, claro. Os autores do estudo não identificaram uma causa única para o fenômeno, mas apontam três possíveis explicações. Uma é a atração por parceiros com experiências de vida semelhantes – a ideia de que “o sofrimento compartilhado” pode aproximar duas pessoas. Outra é o efeito do ambiente compartilhado pelos casais, que favorece o aparecimento de comportamentos ou sintomas parecidos ao longo do tempo (transtornos podem ter origens ambientais). Uma terceira hipótese envolve a estigmatização social, que pode limitar as opções de casamento de indivíduos com transtornos psiquiátricos.

Os pesquisadores alertam que o padrão pode ter implicações para futuras gerações, já que a herança genética pode ser potencializada quando dois pais compartilham o mesmo transtorno (e doenças mentais também são influenciadas por fatores genéticos). O estudo mostrou que filhos de casais em que ambos tinham a mesma condição eram duas vezes mais propensos a desenvolver o distúrbio.

Ainda assim, especialistas dizem que os resultados não devem levar a mudanças imediatas na forma como médicos comunicam riscos genéticos a pacientes, já que mais estudos precisam ser feitos para entender a questão em nível global.

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