Em 2020, a Food & Drug Administration (a Anvisa dos EUA) proibiu o uso dos chamados “equipamentos de estimulação elétrica”, ou ESDs, em pessoas com autismo severo, deficiências intelectuais ou problemas psiquiátricos. Mas o Judge Rotenberg Educational Center, um centro de tratamento para jovens com essas condições no Estado de Massachusetts, entrou na Justiça pedindo a volta dos aparelhos de choque – e ganhou.
O juiz afirmou que a FDA não tem autoridade para proibir esse tipo de aparelho. Já o centro de tratamento, que desenvolveu seu próprio aparelho de eletrochoque, alega que ele é necessário para acalmar e disciplinar os pacientes.
Os internos são obrigados a carregar o dispositivo, que tem o tamanho de um baralho, junto ao corpo 24 horas por dia. Ele aplica descargas elétricas de até 41 miliampéres (dez vezes a intensidade das máquinas de choque usadas pela polícia dos EUA), com dois segundos de duração.