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Usar o celular durante o almoço faz você comer mais guloseimas à tarde

A distração com a tela diminui a sensação de saciedade com a comida, e aumenta as chances de que você busque prazer com chocolates, salgadinhos e afins.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 Maio 2024, 16h14 - Publicado em 17 Maio 2024, 16h00

O hábito de assistir a vídeos ou jogar no celular enquanto se faz as refeições está associado a um maior consumo de petiscos, docinhos e outras guloseimas nas horas posteriores à refeição. Essa é a descoberta de um estudo publicado recentemente por pesquisadores da Associação de Psicologia Americana (APA).

O experimento envolveu 122 participantes, quase todos com idades entre 18 e 24 anos. Eles foram divididos em três grupos, que almoçaram com graus diferentes de distração: o primeiro não usou o smartphone enquanto comia, o segundo assistiu a um vídeo (uma distração passiva) e o terceiro jogou Tetris (uma distração ativa).

Depois do almoço, os participantes informaram o quanto desfrutaram da refeição, quão satisfeitos se sentiram e a quantidade que comeram. Os pesquisadores também pediram que eles anotassem todos os petiscos ou guloseimas que comeram ao longo da tarde. Os resultados foram publicados no periódico especializado Journal of Personality and Social Psychology.

Conclusão: quem comeu enquanto usava o celular afirmou ter desfrutado menos das refeições e sentido menos saciedade ao final delas. Essas mesmas pessoas foram as que mais comeram besteirinhas durante a tarde.

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Os pesquisadores batizaram esse fenômeno de “compensação hedonista”. O nome vem da doutrina filosófica do hedonismo, que afirma que o comportamento humano se guia pelo objetivo maximizar o prazer e minimizar a dor em todas as situações.

Isso não acontece só com comida. Por exemplo: se você não consegue resisistir a uma olhadinha no celular enquanto assiste a um filme, você se desconcentra e deixa escapar algumas sutilezas cruciais para a narrativa. O resultado é que a conclusão da trama perde o impacto emocional que teria em um espectador concentrado.

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Seu cérebro não fica tão satisfeito quanto ficaria se você tivesse prestado atenção pra valer, e vai buscar uma dose de serotonina em outro lugar: o celular. Ou seja, quando você rola o feed do Instagram durante um filme, há grandes chances de que você se sinta impelido a rolar depois também.

Os pesquisadores puseram essa ideia à prova em uma segunda etapa do estudo, acompanhando 220 voluntários de 18 a 71 anos por uma semana. Eles usaram sete questionários diários para obter informações sobre distrações, consumo de pequenas autoindulgências e satisfação com elas e descobriram que as conclusões do estudo realizado ao longo de uma tarde se reproduzem em uma janela de tempo mais longa.

“Nossos achados sugerem que o consumo excessivo de certos alimentos ou conteúdo pode, frequentemente, ter origem no simples desejo humano de alcançar um certo grau de prazer com uma atividade. Quando uma distração atrapalha, nos podemos tentar compensar consumindo mais.”

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