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Bilionários ficaram quase 30% mais ricos durante a pandemia

Agora, essas 2.189 pessoas têm US$ 10 trilhões. Ao mesmo tempo, a pobreza extrema no mundo deve voltar a crescer pela primeira vez em 22 anos.

Por Bruno Carbinatto
7 out 2020, 17h53

A pandemia foi, para a maior parte das pessoas, sinônimo de crise – o desemprego disparou, a pobreza aumentou e muitos países entraram em recessão. Mas para o seleto grupo de homens e mulheres bilionários, o cenário foi completamente diferente: eles ficaram 27,5% mais ricos durante a pandemia, e, pela primeira vez, suas fortunas somadas ultrapassaram a marca de US$ 10 trilhões.

Foi o que descobriu um novo relatório divulgado nesta quarta-feira pelo banco suíço UBS e pela consultoria PwC. O recorde de US$ 10,2 trilhões foi atingido no final de julho, e supera com folga o último pico na fortuna do grupo, US$ 8,9 trilhões, registrado em 2017. Além disso, o número de bilionários no mundo também aumentou: são 2.189 homens e mulheres com esse título atualmente, 31 a mais que em 2017.

Nos primeiros meses da pandemia, a fortuna dessas pessoas chegou a cair mais de US$ 500 bilhões – mas eles puderam se dar o luxo de “arriscar” e comprar grandes quantidades de ações de empresas em plena queda das bolsas. Meses depois, os preços dessas ações voltaram a subir, aumentando o patrimônio dos ultra-ricos.

O relatório também revelou que o enriquecimento não aconteceu igualmente entre todos os bilionários – aqueles ligados aos setores de indústria, de tecnologia e de saúde tiveram os maiores saltos, com ganhos que ultrapassam os 40%. Já empresários dos setores de entretenimento, de serviços financeiros, de materiais e imobiliário ficaram para trás, com crescimentos de “apenas” 10%.

O homem mais rico do mundo continua sendo o CEO da Amazon, Jeff Bezos, que aumentou sua fortuna em US$ 74 bilhões somente neste ano, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg. Na sequência, aparecem outros americanos da área de tecnologia, como Bill Gates e Mark Zuckerberg. Uma das poucas mulheres na lista é a empresária do ramo de cosméticos Kylie Jenner, também americana.

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Os Estados Unidos, aliás, dominam o ranking: somados, os bilionários americanos têm US$ 3,5 trilhões. Em seguida vêm os chineses, com US$ 1,7 trilhão. Os alemães somam US$ 595 bilhões; os franceses, US$ 443 bilhões; e os britânicos, US$ 205 bilhões. No Brasil há 50 bilionários, que juntos têm US$ 176,1 bilhões – quase US$ 50 bilhões a mais do que no ano passado. Na última década, a China foi o país cujos bilionários mais enriqueceram: o patrimônio deles aumentou 9 vezes (já os bilionários americanos “apenas” dobraram sua riqueza).

O novo relatório sobre bilionários vem pouco tempo após um outro documento, do Banco Mundial, que traz um alerta importante: 2020 será o primeiro ano desde 1998 em que a pobreza extrema no mundo deve crescer, sendo que 115 milhões de pessoas podem entrar nessa categoria até o final do ano devido a pandemia. Em 2021, o número poderá aumentar para 150 milhões. Pobreza extrema, segundo os padrões internacionais, é a situação em que alguém vive com menos de US$ 1,90 por dia.

Antes da pandemia, esperava-se que a taxa de pobreza extrema no mundo caísse para 7,9% da população mundial. Agora, ela deve atingir 9,1% a 9,4%. A meta global, estabelecida em 2013 pelo Banco Mundial, seria chegar a 3%.

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