John McAfee: o anti-herói do antivírus
Saiba como o programador, que morreu na última quarta (23), envolveu-se, anos atrás, em uma trama com drogas, mortes e fuga da polícia.
![Foto de John McAfee.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/24-06_mcafee_SITE.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&h=682&crop=1)
Na última quarta (23), o programador e empresário John McAfee, inventor do antivírus que leva o seu nome, morreu aos 75 anos em Barcelona, na Espanha.
McAfee foi encontrado morto em uma cela de prisão, onde estava desde outubro de 2020. Motivo: ele havia sido detido preventivamente, acusado de evasão fiscal (calote nos impostos), e aguardava extradição para os EUA.
Nascido no Reino Unido, John estudou matemática e trabalhou como programador na Nasa no final dos anos 1960. Além da agência espacial, ele passou também por empresas como a Xerox (sim, a da fotocopiadora) e a Lockheed, do setor aeroespacial; nesta última, ele desenvolveu softwares antivírus, tornando-se um dos pioneiros na área.
Em 1987, McAfee criou o software que o tornou famoso. Primeiro, disponibilizou-o de graça para usuários; depois, passou a comercializar para outras empresas. Nos anos 1990, já milionário, John se afastou da McAfee Associates e passou a dedicar a outras atividades, de coisas leves, como livros de yoga e a invenção de um novo esporte (o aerotrekking), a outras nem tanto, como tentativas frustradas de concorrer à presidência dos EUA e problemas com a polícia.
Em 2013, a Super publicou uma reportagem em quadrinhos sobre um episódio em particular da vida de McAfee. Em 2008, ele saiu dos EUA e se instalou em Belize, no Caribe. Lá, tornou-se uma pessoa paranoica: ele dizia estar sendo espionado, então construiu um bunker e contratou milícias para se proteger.
Não para por aí. Nessa época, McAfee andava armado, e se envolveu em uma trama com drogas, prostitutas e mortes. Confira na sequência de imagens abaixo (para ampliá-las, basta clicar nelas):
![24-06_mafee-header_SITE Clique nas imagens para ampliá-las.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/24-06_mafee-header_SITE.png?&w=1024&crop=1)
![SI_316_MatMCAFEE-1 Ilustração de uma página de HQ.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/SI_316_MatMCAFEE-1.png?&w=1024&crop=1)
![SI_316_MatMCAFEE-2 Ilustração de uma página de HQ.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/SI_316_MatMCAFEE-2.png?&w=1024&crop=1)
![SI_316_MatMCAFEE-4 Ilustração de uma página de HQ.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/SI_316_MatMCAFEE-4.png?&w=1024&crop=1)
![SI_316_MatMCAFEE-5 Ilustração de uma página de HQ.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/SI_316_MatMCAFEE-5.png?&w=1024&crop=1)
A reportagem foi escrita por Pieter Zalis e editada por Felipe van Deursen. A arte ficou por conta de Olavo Costa (ilustração), Tony Neto (cor) e Paula Bustamante (design). Os fatos, falas e cenários descritos foram feitos com base em entrevistas com os personagens – à Super ou a veículos internacionais. Havia também muitas informações no blog pessoal de McAfee, onde ele não cansava de brigar com Belize, com críticas ao governo do país.