Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Continua após publicidade

Pandemia pode dobrar o número de pessoas vivendo em crise de fome, diz ONU

O número pode passar de 250 milhões de pessoas até o fim de 2020.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 23 abr 2020, 18h43 - Publicado em 23 abr 2020, 18h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Em 2019, quando o mundo nem imaginava que uma pandemia como a de Covid-19 pudesse existir, 135 milhões de pessoas já viviam em estado de insegurança alimentar grave. E em 2020, outras 130 milhões podem se juntar ao grupo.

    A projeção é do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM). Na última terça-feira (21), foi lançada a 4ª edição do Relatório Global de Crise Alimentar, referente ao ano de 2020. Segundo a ONU, é essencial que os programas de assistência alimentar sejam mantidos, incluindo os da própria Organização, que atentem 100 milhões de pessoas mundialmente. 

    No ano passado, as populações mais vulneráveis estavam mais concentradas em países atingidos por conflitos (77 milhões), mudanças climáticas (34 milhões) e crise econômica (24 milhões). No total, 55 países passavam pela situação de fome extrema. O Brasil não se encontra nessa lista.

    “A Covid-19 é potencialmente catastrófica para milhões de pessoas que já estão por um fio. E é uma ameaça para outros milhões que só conseguem comer se receberem renda mínima […] Nós devemos agir coletivamente para mitigar o impacto de uma catástrofe global”, disse Arif Husain, economista sênior e diretor de pesquisa da PAM, em nota.

    O relatório classifica a gravidade da situação em cinco fases de insegurança alimentar: “mínima ou nenhuma”, “tensa”, “crise”, “emergência” e “catástrofe”. As 135 milhões de pessoas mencionadas no documento se enquadram em uma das três últimas fases.

    Continua após a publicidade

    Além dessas, outras 185 milhões de pessoas entraram para a segunda fase, o que acende um alerta para os especialistas. O Programa Alimentar Mundial espera precisar de 10 a 12 bilhões de dólares para lidar com a crise em 2020, em contraste aos 8 bilhões utilizados em 2019. 

    A crise não ficará restrita ao ano de 2020. Husein afirmou que muitas famílias podem acabar vendendo suas principais fontes de subsistência, como equipamentos ou gado, resultando em um efeito cascata que prejudica a independência financeira por anos. “Essas são as pessoas com as quais estamos preocupados – os que estavam bem antes da Covid e agora não estão”, disse o diretor.

    Você confere o relatório completo (em inglês) aqui.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.