Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Continua após publicidade

Esta frutinha asiática pode tornar energia solar 40% mais barata

Substância da fruta que absorve a luz solar pode ser alternativa de baixo custo aos caros painéis solares feitos de silício.

Por Vanessa Barbosa, de Exame.com
Atualizado em 5 Maio 2017, 20h34 - Publicado em 5 Maio 2017, 20h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia Roorkee (IIT) descobriram que o “jamun”, conhecido no Brasil como jamelão, uma popular frutinha preta oriunda do sul da Ásia, poderia ajudar a reduzir os custos de produção de painéis solares em massa. Isso porque ele contém um pigmento capaz de absorver a luz solar.

    De nome científico Syzygium cumini, a fruta é bastante conhecida por seu valor medicinal e nutricional, e cresce em árvores que podem atingir 10 metros de altura e viver por mais de cem anos. Agora, graças ao pigmento antocianina (também encontrado em mirtilos, framboesas e cerejas), ela pode se tornar valiosa para o desenvolvimento de células solares de baixo custo.

    O estudo foi publicado recentemente no periódico científico IEEE Journal of Photovoltaics. Em entrevista ao site Quartz, o professor assistente do Instituto, Soumitra Satapathi, conta que os pesquisadores “extraíram o pigmento usando etanol e descobriram que a antocianina era um grande absorvedor termo-solar”.

    Os pesquisadores usaram a antocianina como um sensibilizador em células solares sensibilizadas por corantes (“Dye-Sensitized Solar Cells”, ou simplesmente DSSCs, na sigla em inglês). Segundo o estudo, a utilização de corantes naturais, como o pigmento do jamelão, poderia reduzir em até 40% os custos de um painel solar.

    Claro que há um percurso longo a se percorrer antes da solução chegar às vias comerciais.

    Continua após a publicidade

    Os pigmentos naturais ainda não são tão eficientes quanto as tradicionais células solares baseadas em silício (classificadas como de primeira-geração), mas, segundo os cientistas, eles poderiam oferecer uma alternativa de baixo custo, especialmente benéfica para países como a Índia, que até 2030 pretende obter 40% de sua energia a partir de fontes renováveis.

    Até o momento, o corante natural só conseguiu uma eficiência de 0,5%, em contraste com os 15% de eficiência das células solares tradicionais. Os cientistas acreditam que, com mais desenvolvimento, seria possível superar as eficiências de células feitas com o silício, com a vantagem de se ter uma alternativa biodegradável e não tóxica aos corantes sintéticos usados ​​atualmente para sensibilização de células solares.

    Este conteúdo foi publicado originalmente em Exame.com

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.