Tudo começa bem no vídeo abaixo, postado no Instagram por Elon Musk, o magnata da tecnologia que é CEO de várias empresas inovadoras, inclusive da SpaceX, que pretende realizar viagens espaciais para quem puder pagar a passagem. O foguete desce suavemente numa plataforma flutuante no oceano, o fogo das turbinas se extingue, mas aí… Bom, veja por você mesmo:
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Apesar do acidente, o feito do foguete Falcon 9 foi impressionante. Ele decolou, voou a 30 mil km/h até a órbita da Terra, chegou a 100 km de altitude, deixou um satélite voando no espaço, aí entrou de novo na atmosfera e pousou verticalmente, com suavidade, a apenas 1 metro de distância do centro do alvo, numa plataforma flutuante no Oceano Pacífico. Mas aí algo saiu errado com o pezinho do foguetão, e ele tombou.
A missão primária do Falcon 9 foi cumprida com sucesso: colocar o satélite na órbita da Terra. Sua missão secundária, no entanto, é bem importante para o futuro da Space-X. Musk sabe que só será possível ter uma empresa lucrativa de viagens espaciais se os custos do voo não forem tão astronômicos quanto as vistas lá de cima. E uma das principais razões para os custos altos é o fato de que, com a tecnologia de hoje, foguetes são descartáveis: eles soltam coisas na órbita e depois despencam lá de cima. Considerando que cada foguete custa cerca de 60 milhões de dólares, dá para entender porque a CVC não vende pacotes espaciais.
Mas, se os foguetes fossem capazes de aterrisar, eles poderiam ser reaproveitados. E aí Musk teria um negocião nas mãos. No final do ano passado, a SpaceX conseguiu lançar um foguete, que colocou vários satélites em órbita e em seguida aterrisou com perfeição numa base em terra firme. Mas a SpaceX vê muito mais potencial em pousos marinhos, que dão mais flexibilidade para as missões – a base pode se mover para onde o foguete for descer, e há muito mais espaço livre na superfície dos oceanos do que nos continentes.
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A SpaceX já tentou três pousos no mar, nenhum com sucesso por enquanto. Este aqui, por exemplo, tentou aterrisar um ano atrás, em janeiro de 2015:
“Pelo menos os pedaços foram maiores desta vez”, celebrou Musk ontem, pelo Twitter. Ninguém na SpaceX encarou o acidente como um fracasso: foi um teste a mais, e a empresa chega cada vez mais perto de um foguete que funcione do jeito que eles querem.